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Opinião Ganadeira de Joaquim Grave para Domingo 4 de Outubro.

Temporada Grande na Monumental de México.

Campo Pequeno encerra com chave de ouro.

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CAMPO PEQUENO–TEMPORADA 2015 ENCERRA COM CHAVE DE OURO

Noite memorável de Marcos Bastinhas e triunfo grande de Ana Batista.

A Temporada taurina da Monumental Praça do Campo Pequeno encerrou ontem, 1 de Outubro de 2015, as suas portas com uma extraordinária corrida de toiros a evocar as touradas Reais. Como vem sendo hábito a noite abriu com o cortejo evocativo das corridas de Gala á Antiga Portuguesa, para depois se escutar a primeira grande ovação da noite.

D. Francisco Mascarenhas foi agraciado pela empresa do Campo Pequeno com o Trofeu Prestigio e em agradecimento o cavaleiro ofereceu ao Museu da praça Lisboeta a casaca com que se estreou na capital, apenas com 10 anos de idade.

Volta a arena com o público de pé numa tremenda homenagem a esta glória do passado com 70 anos de alternativa.

Para o êxito da noite contribui-o em parte o curro enviado pela ganadaria Passanha. Corrida bem apresentada mas de jogo variado. Cumpri-o o lidado em 3º lugar. Mansos e complicados o 1º e 2º e os restantes de nota superior com destaque para o lidado em 5º lugar a fazer jus ao velho ditado taurino “no hay quinto malo“.

António Ribeiro Telles lidou com sabedoria o que abriu a função. Complicado e mansote teve em António um ginete a altura. Nota para dois curtos com marca da casa.

A Rui Salvador tocou-lhe o pior da noite, manso reservado, com investidas pouco franca para depois adiantar-se uma barbaridade. Este é o tipo de toiro que “destapa toureiros pouco postos”.

Não é o caso, e Salvador esteve um senhor toureiro, arriscando tudo numa lide quase impossível. O público reconheceu no final o labor do toureiro de Tomar.

O rejoneador espanhol, Fermín Bohórquez veio a Lisboa despedir-se da afición nacional. Lide regular com sortes a tira e sempre muito aliviado. Lide de mais a menos. No final foi carinhosamente saudado e aplaudido pelo público presente.

Após o equador da corrida, tudo foi diferente e chegou Ana Batista. Uma lide para recordar. Extraordinária nos cumpridos de praça a praça e depois nos curtos houve valor emoção e muita raça. A cavaleira de Salvaterra de Magos está num momento extraordinário quando cumpre 15 anos de alternativa. Lide de muita verdade.

A Marcos Bastinhas tocou-lhe o quinto da noite e que noite. Após comovido e sentido brinde – via televisão – a seu pai, Marcos encheu o redondel da monumental Lisboeta com verdade, emoção, raça, querer e muita decisão.

Nos cumpridos, ferros de praça a praça após brega num palmo de terreno. Lidou e toureou como os grandes e nos curtos a praça explodiu. Ferro após ferro Marcos escreveu uma enorme homenagem a seu pai. Terminou como começou em triunfo, com um de palmo e um par de bandarilhas por dentro. No final da lide, lágrimas de emoção e triunfo gordo.

A noite fechou com Rouxinol Júnior. Com um apurado sentido de lide, esteve enorme a bregar, a lidar e a cravar. Sincero durante toda a lide, o mais novo da Dinastia Rouxinol chegou facilmente ao público pela sua entrega e verdade.

Noite de grandes pegas a cargo dos Amadores de Lisboa e dos Amadores de Alcochete. Pelos Lisboetas, Manuel Guerreiro, num pegão, Pedro Gil e Eurico Medronheira.

Pelos Amadores de Alcochete, na pega da noite, Nuno Santana suportando violentos derrotes que aguentou uma barbaridade, António José Cardoso, outra extraordinária pega e por último o cabo Vasco Pinto. No final ambos os Grupos foram despedidos calorosamente.

Todos os intervenientes deram, merecidamente, volta a arena fortemente aplaudidos pelo público que preencheu a praça em ¾ da sua lotação.

Sobe a batuta do Diretor de Corrida, Pedro Reinhardt a temporada Lisboeta encerrou com chave de ouro.

J. Salvador


Opinião Ganadeira de Joaquim Grave para Domingo 4 de Outubro.

Temporada Grande na Monumental de México.