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IV Tertúlia Aberta
A Loja Nova e a Tauromaquia
Sinto-me toureiro vila-franquense… senti que me deserdaram.
No passado dia 3 de fevereiro, realizou-se no Grupo Desportivo e Cultural da Loja Nova, uma tertúlia aberta denominada “IV A Loja Nova e a tauromaquia”. Desta vez com o matador de touros Rui Bento Vasques. Estiveram presentes também, Ernesto Ferreira, Dário Venâncio, João Boeiro e como moderador o Dr. Paulo Pereira. O público respondeu bem a esta tertúlia estando na sala mais de 70 aficionados e amigos.
Depois de uma introdução sobre Rui Bento Vasquez que o Drº Paulo Pereira mencionou com elevado sentimento, tiveram a palavras os bandarilheiros presentes, contando história tidas com Rui Bento Vasques, aquando das suas imensas tardes que compartiram junto, assim como agradeceram a oportunidades que tiveram estando na quadrilha dele.
O drºPaulo Pereira considera Rui Bento “um homem coerente com as suas decisões, grato a quem o ajuda e que para ele um bom negócio só se faz se for bom tanto para o comprador como para o vendedor”. Tudo isto não é obra do acaso, mas sim resultado de uma grande experiência profissional que Rui Bento teve durante vários anos na Casa Chopera, uma das mais importantes sociedades taurinas espanholas.
Rui Bento Vasquez, começou por mostrar o seu agradecimento e felicitar a iniciativa de poder ali estar esta noite salientando, “agradecer também muito seriamente e sentidamente pelo facto de me terem proporcionarem estar aqui sentado com esta quadrilha, como eu dizia mais quadrilha é uma pandilha, que conviveu comigo muitos momentos agradáveis, desagradáveis, eu com o susto, o medo passado era um bocado impertinente e não era fácil, os comportamentos todos os toureiros temos não somente de defrontar um touro, mas responder aos aficionados, aos amigos, aquelas pessoas que nos viram nascer. Hoje melhor que muitas vezes pois estamos todos a jogar em casa”.
Lembrando que faz 35 anos este ano em que se vestiu pela primeira vez com um traje de luces num certame no Campo Pequeno em que, “relembro José Luís Gonçalves, que foi o vencedor desse certame”, pedindo depois uma salva de palmas carinhosa de forma a dar força a José Luís Gonçalves. “Sinto-me privilegiado de ser matador de touros, ambicionava ser muito mais do que fui, mas vivi com tanta intensidade, tanta paixão enquanto fui matador de touros… tenho a mesma paixão como tinha quando me vestia de luces…”
Questinado sobre o momento atual do toureio a pé salientou, “o bom trabalho das escola de toureio”, e clarificou, “Tive uma reunião com Simon Casas após ter ganho Las Ventas com o qual pedi: que vou preparar um miúdo português que se chama António João Ferreira . Enquanto profissional, aficionado e patriota e com a responsabilidade que possa ter através do Campo Pequeno, envolvi-me sem que seja apoderado dele, mas que ele possa ter durante esta temporada a oportunidade e não ficar com a dúvida.” Continuou Rui Bento; “O António João Ferreira vai tomar confirmar a alternativa em Madrid”. E sobre o Campo Pequeno, “Penso que esta temporada vai ser decisiva para o toureio a pé com aquilo que temos das duas ultimas temporadas, os êxitos de Juli, Morante e o furacão Padilla, destes cinco nomes quatro de certeza estarão este ano no Campo Pequeno, Ponce, Juli Roca Rei, Manzanares e António Ferrera, pois Padilla já está confirmado.”
“Sinto-me um toureiro de Vilafranquense, nasci para o toureio em Vila Franca, comecei com o Mário Coelho, mas é verdade … senti que me deserdaram de toureio Vilafranquense e afastei-me o que não é o meu sentimento ativo, recordo faenas com o Victor Mendes com touros de Cabral, São marcos, de faenas que senti o que faz de Vila Franca distinta, o publico a vibrar e a entregar-se de uma forma calorosa. Os momentos mais vibrantes de 3 ou 4 tardes em Vila Franca”, respondeu Rui Bento Vasques sobre o seu sentimento a Vila Franca.